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Abertura das exposições “Quantum – Natureza Intangível” e “Antonio Roseno de Lima – Vida e Obra”

Atividade já realizada.

Data: 02 de agosto (sábado)

Horário: 10h

Local: Pinacoteca Municipal Diógenes Duarte Paes (Rua Barão de Jundiaí, 109 – Centro)

Abertura das exposições: “Quantum – Natureza Intangível”, de Lima Bo, e “Antonio Roseno de Lima – Vida e Obra”, de tem curadoria de Geraldo Porto

Período das exposições: de 02 a 30 de agosto

Confira os detalhes das exposições:

“Quantum – Natureza Intangível”

Exposição viabilizada por meio do edital da 4ª ExpoArtes da Unidade de Gestão de Cultura

Artista: Lima Bo
Sinopse: “Quantum – Natureza Intangível” é a primeira mostra individual de Lima Bo, artista visual, escultora e performer. Composta por instalações, vídeo, esculturas e painéis, a exposição propõe uma experiência imersiva e meditativa, na qual o público é convidado a participar da geração de sentidos, como vias de múltiplos acessos, em constante fluxo e mutação.

A abordagem conceitual e inovadora da mostra explora interseções entre arte, ciência e poesia, por meio de experimentações híbridas desenvolvidas ao longo dos últimos cinco anos, em continuidade à pesquisa de mestrado da artista, realizada no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), em 2020.

A exposição se articula entre dois pontos. De um lado, a ideia de quantum, que na física refere-se à menor porção indivisível de uma grandeza, cuja noção é transposta para o campo artístico como índice das interações sutis e das nuances da experiência poética e visual. De outro lado, o poema Suor, concebido como elo intertextual do experimento da “fenda dupla” — da física quântica —, sugere que, assim como na difração da luz, a poesia oscile como partícula e onda ao mesmo tempo, logo, como presença e passagem, ou ainda, como obra e público.

“A linguagem poética é para mim um não-lugar, no sentido de uma não-espaço-temporalidade, onde me vejo em suspensão — uma possibilidade de flutuação que acontece fora de marcadores históricos, geográficos ou territoriais. Minha intenção é sempre uma tentativa de extrair do comum, percebido e vivido, aquilo que aparece enquanto essência: o Amor.” – Lima Bo.

“ARL – Vida e Obra”

Exposição viabilizada por meio do edital do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria Estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas

Curadoria: Geraldo Porto
Sinopse: “ARL – Vida e Obra” traz as obras de Antonio Roseno de Lima, colecionadas e com a curadoria do artista Geraldo Porto.

Durante sua pesquisa na Pós do Instituto de Artes da Unicamp sobre a obra de Antonio Roseno de Lima, Porto obteve um ótimo acolhimento em publicações oficiais na Europa e grande repercussão na imprensa nacional. Nos últimos anos tem produzido pesquisando linguagens técnicas tradicionais e novas linguagens digitais na
construção de suas imagens artísticas. É dele a escolha das obras que sustentam a narrativa sobre a trajetória de A.R.L. e estabelece, pelos sentidos, diálogos com o público.

Antonio Roseno de Lima nasceu em Alexandria, Rio Grande do Norte, em 1926. De sua cidade natal, como tantos outros, foi para o centro-sul do Brasil fugindo da seca, e jamais fez o caminho de volta. Veio para São Paulo deixando mulher e cinco filhos, sonhando em trabalhar e ganhar muito dinheiro.

Em 1961, aos 35 anos de idade, fez um curso de fotografia e passou a exercer o ofício registrando o cotidiano de crianças, além de aniversários e casamentos, e as fotos logo ganharam as nuances de seus traços.

Mudou-se para a favela Três Marias, em Campinas, em 1976, e viveu ali até a sua morte em junho de 1998, em um barraco miserável, pintando sobre uma mesa abarrotada de papéis e objetos, onde também comia e contava o dinheiro que recebia das crianças da favela em troca de doces.

Tinha compulsão pelo registro de seu cotidiano em tudo que poderia ser utilizado, trabalhando em séries nas quais repetia a mesma figura inúmeras vezes, usando sempre de materiais precários: pedaços de latas retirados dos entulhos, papelões, madeira, o esmalte sintético das sobras das latas utilizadas para pintar portas e janelas encontradas no lixo. Sua obra contém códigos que permeiam todo o processo criativo, em um minucioso exercício artesanal, com destaque para a assinatura A.R.L., tão cara a um artista semi-analfabeto.

Mesmo com o apadrinhamento do professor Geraldo Porto, participou de poucas exposições, sendo a primeira individual na Casa Triângulo em São Paulo em 1991, seguida pela coletiva “A pintura em Campinas: O contemporâneo no Centro de Informática e cultura” em 1992. Ainda fez uma individual na Cavin Morris Gallery em Nova Iorque em 1995, mesmo ano em que a grife Fórum comprou-lhe 12 imagens para compor sua agenda anual.

Uma grande coleção das suas melhores fotografias está no Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas e suas pinturas entraram no acervo de importantes museus, como a famosa “Collection de l’Art Brut”, de Lausanne, Suíça, e o Museu Haus Cajeth, em Heidelberg, na Alemanha.



Quando

Data: 02/08/2025

Horário: das 10:00 às 11:30

Onde

Local: Pinacoteca Diógenes Duarte Paes
Rua Barão de Jundiaí, 109, Centro.
Jundiaí - São Paulo
CEP 13207-060

Como chegar

Link original: https://cultura.jundiai.sp.gov.br/agenda-cultural/abertura-das-exposicoes-quantum-natureza-intangivel-e-antonio-roseno-de-lima-vida-e-obra/