Cia. Jovem de Dança
A Cia. Jovem de Dança é um corpo artístico ligado à Unidade de Gestão de Cultura (UGC), que foi retomado em 2018 a fim de ampliar a oferta cultural nos eventos gratuitos promovidos pela Prefeitura, além de valorizar a produção e o trabalho artísticos no segmento da Dança. A reestreia do corpo artístico foi realizada nas comemorações pelo aniversário de 107 anos do Teatro Polytheama, na noite de 13 de dezembro daquele ano.
Desde então sob a direção artística de Alex Soares, a companhia já apresentou diversas coreografias, como “Instagrimm”, “Estudos em Chrom.Aqui”, “Entre o Corpo e o Azul” e “P.A.Q.U.I.T.A. – Passos aleatórios que um impulso te apresenta”. O grupo participou também de uma série de atividades da agenda cultural do Município, inclusive com os demais corpos artísticos da UGC, como a Companhia de Teatro de Jundiaí e a Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí, em diversos palcos da cidade, como unidades escolares da rede municipal de ensino.
Já na temporada virtual 2020, durante o período de isolamento social por conta da pandemia, a Cia. Jovem de Dança manteve sua rotina de práticas diárias, abertas ao público por meio das redes sociais. As coreografias produzidas e apresentadas durante o período de isolamento social e retomada gradativa por conta da pandemia podem ser consultadas pela playlist #FiqueemCasa da Cultura.
Além da apreciação do público, a Cia. Jovem de Dança traz também desde a sua retomada o importante reconhecimento da crítica, como duas vitórias em Prêmios da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).
Uma delas veio em 2022, na categoria Prêmio Técnico “Projeto, Programa, Difusão e Memória”, com a série de vídeos da programação do Mês do Patrimônio do ano passado, coreografia do diretor artístico da companhia, Alex Soares, e que foi gravada em locais icônicos da cidade, como o Espaço Expressa, a Serra do Japi e o Teatro Polytheama, como vídeo de abertura das atividades da programação temática transmitida pelas redes sociais da Cultura, em agosto de 2021.
Já a segunda vitória veio em 2024, na categoria Melhor Espetáculo, com a “Dança pra Lua”, coreografia de Ivan Bernardelli e que estreou em setembro do ano anterior, a fim de celebrar a Lua, por meio de marcas como a circularidade, repetições, ciclos, mandalas, loopings e espelhamentos.
Contando as categorias de que se saiu vitorioso, o grupo jundiaiense coleciona ainda oito indicações pelo renomado Prêmio. Uma delas foi na categoria “Criação”, com “P.A.Q.U.I.T.A.”, coreografia com as iniciais de Passos aleatórios que um impulso te apresenta, também de Alex Soares, apresentado em 2020, via rede sociais. Sobre os trabalhos do ano seguinte, as indicações vieram com os vídeos do Mês do Patrimônio – do qual a Cia. se saiu campeão – e com “TikClog Dance”, coreografia inspirada na clássica cena dos tamancos (clog, em inglês) do “La fille mal gardée”(do francês, A Garota mal protegida), balé de repertório mais antigo de Jean-Georges Noverre., na categoria “Espetáculo não presencial”.
Já referentes a 2023, as indicações vieram com “Dança pra Lua”, nas categorias “Melhor Espetáculo” – da qual foi vitorioso -, “Coreografia/Criação”, “Elenco” e “Projeto, Programa, Difusão e Memória”. Em 2024, veio mais uma indicação, na categoria “Coreografia/Criação”, com “Mulher Jovem com os olhos fechados, c.1890”. Assinado por Alex Soares, o dueto leva o nome de uma escultura de Camille Claudel, artista cujas esculturas de terracota e vida pessoal a coreografia se inspira, e teve sua estreia durante a abertura do 24ª festival Enredança.
Confira abaixo algumas das coreografias apresentadas pela Cia. Jovem de Dança:
Instagrimm
Com coreografia de Alex Soares, “Instagrimm” traz uma mistura entre contos dos irmãos Grimm no formato de linguagem das redes sociais. De maneira lúdica e com bastante humor, o espetáculo apresenta um panorama dos estilos de dança, com o intuito de despertar no espectador a vontade de dançar.
Por meio do diálogo entre a tecnologia e os contos clássicos – alguns mais conhecidos, como “Branca de Neve” e “Chapeuzinho Vermelho”, e outros um pouco menos, como “João de Ferro”, “Rumpelstichen”, “O pescador e sua esposa” e “O menino que não sabia o que era o medo” – o espetáculo propõe ao público revisitar a sua infância e imaginar como seria nosso relacionamento com os personagens se pudéssemos segui-los nas redes sociais.
Esta coreografia rendeu a Alex Soares a nomeação, em dezembro de 2023, ao Prêmio Governador do Estado de São Paulo, na categoria Dança.
Entre o corpo e o azul
“Entre o corpo e o azul” é uma coreografia de Henrique Rodovalho e que traz como premissa o conceito de limite: onde começa o corpo e termina o movimento? Onde este movimento começa e finaliza no espaço? A partir dessas perguntas foi se desenvolvendo um corpo, que se movimenta, se expressa e acontece em espaços delimitados, provocados por uma sensível trilha sonora.
Dança pra Lua
“Dança pra Lua” é uma coreografia de Ivan Bernardelli e teve sua estreia no palco do Teatro Polytheama no dia 24 de setembro de 2023. Ao som da obra do compositor e pianista brasileiro Vitor Araújo, a coreografia traz como marcas circularidade, repetições, ciclos, mandalas, loopings e espelhamentos para celebrar a Lua, astro mágico que brilha à noite e ao qual rendem homenagens, ritos e cerimônias os mais diversos povos e religiões que compõem o Brasil.
A coreografia rendeu à companhia, em 2024, as indicações em quatro das seis categorias destinadas à Dança pelo renomado Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Artes. Foram elas: “Coreografia/Criação”, “Elenco”, “Projeto, Programa, Difusão e Memória”, além de “Espetáculo”, da qual o grupo se saiu vencedor.
Hu.ga
“Hu.ga” traz a transcrição fonética da expressão dinamarquesa “hygge”, que, mesmo não tendo uma tradução para outras línguas, expressa um conceito associado às situações de aconchego, conforto, afeto entre amigos e intimidade de alma buscados por aquele povo, principalmente durante o inverno rigoroso da região. Assinada por Alex Soares, a coreografia é, portanto, uma tentativa de traduzir o sentimento em imagens e ressaltar as diferenças e pontos de encontro do entendimento por parte de ambos os povos: os dinamarqueses, representados pelo elenco convidado – Alberte Mouritsen e Severin Raun – e pelos bailarinos do elenco jundiaiense.
A estreia da nova coreografia foi em 28 de julho, em espetáculo no Teatro Polytheama, fruto do intercâmbio com o Koma Ballet, grupo de dança sediado em Odense, na Dinamarca.
Folia dos Bichos
Com coreografia e concepção de Andressa Rondon, o espetáculo combina a magia da obra “Carnaval dos Animais”, de Camille Saint-Saëns, com a vivacidade e a tradição do Carnaval brasileiro. Trata-se de uma celebração vibrante da diversidade, da descoberta e do crescimento, apresentada de uma forma lúdica e envolvente.
A obra de Saint-Saëns, com suas diferentes seções representando animais variados, oferece uma excelente oportunidade para transmitir mensagens sobre o crescimento, aprendizagem e a importância de valores como amizade e aceitação. Neste espetáculo dividido em atos, será explorada a diversidade animal de forma colorida e divertida, refletindo sobre como os diferentes corpos, características e personalidades dos animais se conectam com as crianças e suas próprias descobertas sobre identidade e o mundo, numa grande celebração.
Espetáculos com os demais corpos artísticos municipais
Com foco no enriquecimento da produção artística local e na formação de público, a Cia. Jovem de Dança também participa de diversas programações com os demais corpos artísticos municipais.
Confira mais fotos das apresentações de “Instagrimm” com a Cia. Jovem de Dança no espetáculo “Conexão Jundiaí – Joinville”, no dia 20 de setembro de 2022, e no especial de Dia das Crianças, no dia 15 de outubro de 2022, ambos no Teatro Polytheama.
Ficha Técnica
Diretor artístico: Alex Soares
Elenco profissional: Camila Rotta, Gean Marcos, Isabela Ivanov, João Lucas Alves, Letícia Ribeiro e Maria Eduarda Castro
Elenco bolsistas: Bárbara Aquino, Carolina Salomão, César Augusto, Clarice Sakamoto, Leandro Turatti e Mychael Nascimento
Assistente de direção: Andrea Thomioka
Ensaiador: Ícaro Freire
Currículo do diretor artístico
Alex Soares é um coreógrafo de destaque atualmente na cena brasileira. Como convidado, trabalhou com as principais companhias de dança nacionais, como Balé Teatro Guaíra (PR), Balé da Cidade de Niterói (RJ), Balé Teatro Castro Alves (BA), Cia Sesc de Dança (MG), Ribeirão Preto Cia de Dança (SP), Corpo de Baile do Amazonas (AM) e Balé da Cidade de São Paulo (SP). Também fez trabalhos internacionais para as seguintes companhias: Noord Nederlandse Dans (Groningen, Holanda), Northwest Dance Project (Portland,EUA) e a Hubbard Street Dance Chicago (EUA).
Criou e dirige em São Paulo o Projeto Mov_oLA, plataforma de criação artística que ganhou prêmios como o APCA de dança, Guia Folha de S.Paulo, Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura e também foi finalista do prêmio da revista Bravo! com seu último trabalho, intitulado “Devolve 2 horas da minha vida”.
Equipe técnica
Assistente de direção
Produtora
Ensaiador e professor