Realizado anualmente no mês de agosto, o Mês do Patrimônio Histórico e Cultural passou a integrar o calendário municipal de Jundiaí por conta da lei 9.279/19. Neste ano, por conta da pandemia, toda a sua programação gratuita de debates, mesas-redondas, simpósios e conferências passou a ser realizada inteiramente online, por meio dos canais oficiais da Prefeitura.
Confira a programação completa já realizada:
02 de agosto (terça-feira)
Reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac)
Local: Atividade on-line para conselheiros, por meio da plataforma Google Meet
09 de agosto (terça-feira)
Café da Manhã e Palestra: Os Gabinetes de Leitura do Estado de São Paulo: Novas perspectivas para o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa de Jundiaí e o envolvimento social da Cia. Paulista
Local: Gabinete de Leitura Ruy Barbosa – Rua Candido Rodrigues, 301 – Centro (atividade presencial com transmissão on-line)
Atividades:
Palestra 1: Gabinetes de Leitura – Cidades, Livros e Leituras na Província Paulista – O caso do gabinete de Jundiaí
Palestrante: Ana Luiza Martins
Palestra 2: Apresentação do projeto de requalificação urbana do Centro – ênfase nas intervenções previstas para a Praça Ruy Barbosa
Apresentação: Bruno Ferrari, arquiteto da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) da Prefeitura
10, 11 e 12 de agosto (de quarta a sexta-feira)
Oficina de restauro arquitetônico
Locais: Complexo Fepasa, Ponte Torta e Fábrica das Infâncias Japy
Confira os detalhes da atividade de restauro arquitetônico na matéria
16 de agosto (terça-feira)
Mesa-redonda sobre Construtores Anônimos na História da formação dos Municípios
Transmissão on-line pelos canais da Cultura no Facebook e YouTube
Palestra 1: Famigerados construtores: conflitos na formação do campo da engenharia e da arquitetura em São Paulo
Palestrante: o historiador Lindener Pareto Jr.
Palestra 2: Arquivos de cidades e novas possibilidades para a historiografia da arquitetura
Palestrante: a arquiteta e urbanista Rita Francisco
Confira os detalhes da atividade
18 de agosto (quinta-feira)
Comida e religiosidade como memória e patrimônio imaterial
Local: Clube 28 de Setembro – Rua Petronilha Antunes, 363 – Centro
Palestrantes: Aline Guedes (Mestra em Hospitalidade), Sônia Henrique e Tânia Hipólita Henrique dos Santos
Confira os detalhes da atividade
19 de agosto (sexta-feira)
Roda de Conversa “Educação Patrimonial: atribuição de valor cultural ao cotidiano”
Local: Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot – Avenida Dr. Cavalcanti, 396 – Complexo Argos
Participações especiais: Paulo Roberto Magalhães e Roberta Parizotto
Roda de Conversa com os moradores da Vila Argos Nova – Histórias e memórias
Local: Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot – Avenida Dr. Cavalcanti, 396 – Complexo Argos
Participações especiais: antigos moradores da Vila Argos Nova
Confira os detalhes da atividade
20 de agosto (sábado)
Memória e Cultura – Caminhada entre as Igrejas de Jundiaí
Visita guiada pelo patrimônio cultural e religioso da cidade: Catedral Nossa Senhora do Desterro e Igreja Nossa Senhora da Conceição da Vila Arens (trajeto pelo Escadão do Monte Castelo)
Ponto de encontro: Rua General Carneiro, 106 – vila Arens (em frente à igreja)
Percurso: 1,6 quilômetro (com subida)
Horário previsto para encerramento (em frente à catedral): 12h
O fio da História: Fábrica Japy, Fábrica das Infâncias
Local: Fábrica das Infâncias Japy (rua Lacerda Franco, 175, Vila Arens
Atividade voltada para o Comitê das Crianças de Jundiaí
Palestrante: Isabella Feres Ferraro
Concerto especial com a Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí (OSMJ) – Música & Histórias do Mês do Patrimônio
100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922
Local: Teatro Polytheama – rua Barão de Jundiaí, 176 – Centro
Diretora artística e regente: maestrina Claudia Feres
Participação especial: Coral Municipal de Jundiaí – regente: Vasti Atique
Programa:
D. Muller – Rapsódia Macunaíma – Encomenda da OSMJ, Primeira Audição
H. Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras Nº7
H. Villa-Lobos – Trenzinho do Caipira
23 de agosto (terça-feira)
4º Colóquio do Samba “O Samba e a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial na Modernidade”
Palestrante: Nilcemar Nogueira
Nilcemar é Doutora em Psicologia Social, mestre em Bens Culturais, fundadora do Museu do Samba. Foi presidente do Museu da Imagem e do Som e Secretária Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro. Atua na valorização da cultura afro-brasileira, criou o Instituto da História e da Cultura Afro-brasileira (IHCAB); levou arte-educação às escolas da rede municipal de ensino criando o programa Arte-Escola Territórios Sociais; apoiou produtores culturais e participou ativamente pelo reconhecimento do Cais do Valongo como Patrimônio Mundial. Implantou o Sistema Municipal de Cultura no Rio de Janeiro , marco importante para uma política cultural republicana e democrática . Coordenou a pesquisa que levou ao registro do Samba do Rio de Janeiro como Patrimônio Cultural do Brasil. Atuou como pesquisadora nos musicais Cartola o mundo é um moinho e Dona Ivone Lara um sorriso negro. Idealizadora e integrante do grupo musical matriarcas do samba.
24 de agosto (quarta-feira)
Um passeio pelos projetos de restauração do Complexo Fepasa
Um passeio pelos projetos de restauração do Complexo Fepasa – visita guiada pelas instalações da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro com o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico, Elizeu Marcos Franco, com explicação sobre os projetos de restauração e requalificação do local.
Local: Complexo Fepasa – Avenida União dos Ferroviários, 1760
Confira os detalhes da atividade
26 de agosto (sexta-feira)
Curso de extensão em educação patrimonial – O Rio Jundiaí: natureza, cultura e meio ambiente
Público-alvo: Educadores da rede estadual e municipal de ensino dos municípios da Região Metropolitana de Jundiaí, monitores ambientais e culturais, guias de turismo, estudantes universitários e interessados em geral.
Dia 1 – 26 de agosto (sexta-feira)
Horário: das 8h às 13h
Local: Complexo Fepasa – Avenida União dos Ferroviários, 1760
Parte teórica: O conceito de patrimônio hídrico aplicado ao rio Jundiaí
Docentes: Prof. Dr. Salvador Carpi Junior, Profa. Dra. Gabrielle Cifelli, Prof. Ms. Claudio da Cunha, Prof. Dr. Francisco Del Moral Hernandez, Prof. Dr. Francisco Antonio Moschini, Profa. Dra. Flávia Darré Barbosa e Engª. Agrônoma Maria Carolina Hertel Dutra e Simões.
Dia 2 – 27 de agosto (sábado)
Horário: das 8h às 17h
Ponto de encontro: Complexo Fepasa
Percurso a ser realizado com veículo fornecido pela Unidade de Gestão de Cultura (UGC), desde área próxima à nascente em Mairiporã, passando por Campo Limpo Paulista, Várzea paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba até a foz no Município de Salto
Trabalho de campo: percorrendo o rio Jundiaí
O trabalho de campo tem como propósito observar e interpretar in loco os aspectos físicos e socioambientais do rio Jundiaí, bem como acompanhar os impactos ambientais decorrentes da carga de poluentes lançados no rio durante esse trajeto e as consequências da poluição hídrica para a população de tais localidades. Para um conhecimento mais detalhado sobre a situação do rio Jundiaí está prevista a coleta e análise da qualidade da água.
Durante os trabalhos de campo, os participantes irão selecionar pontos de coleta em cada rio. Para a análise serão selecionados os parâmetros de Coliformes Fecais e totais, pH, Dureza o O.D (Oxigênio Dissolvido), Amônia, fosfato, Nitrato, Turbidez, entre outros como odor, cor. A análise dos parâmetros será realizada com um ECOKIT ambiental para Análise de água, que apresenta custo reduzido e uma importante interação entre os alunos/participantes com as amostras de água, reagentes e instrumentos utilizados.
Os trechos selecionados para coleta e análise da água servirão de base servirão de base para a observação do entorno, uso e ocupação do solo, possíveis ou constatados focos de poluição/contaminação, e outros aspectos que venham ser necessários.
Confira os detalhes da atividade
10º Simpósio sobre o Patrimônio Material e Imaterial
29 de agosto (segunda-feira)
- 9h – Palestra de Abertura
- das 11h às 13h – Apresentação “Diálogo – Identidades, Territorialidades e patrimônio histórico cultural: construindo modernidades”
Convidados especiais: Professor Douglas Tufano, Professora Doutora Gabrielle Cifelli e Professor Doutor Luiz Roberto Alves
- das 14h às 16h – Apresentações de Trabalhos Inscritos
Eixo 1 – Identidades, territorialidades e patrimônio histórico cultural: construindo modernidades
Confira os detalhes da atividade
30 de agosto (terça-feira)
- das 9h às 11h – Apresentação “Diálogo – Educação patrimonial e os modernismos”
Convidada especial: Professora Mestra Marianna Lamas Ramalho - das 11h às 13h – Apresentações de Trabalhos Inscritos
Eixo 2 – Educação patrimonial e os modernismos
31 de agosto (quarta-feira)
- das 9h às 11h – Apresentação “Diálogo – Turismo, Hospitalidade e Lazer: O patrimônio da era moderna como atrativo turístico e espaços de lazer e eventos”
Convidados especiais: Professor Doutor Pedro Rocha Lemos e Professora Doutora Sueli Soares dos Santos Batista - das 11h às 13h – Apresentações de Trabalhos Inscritos
Eixo 3 – Turismo, Hospitalidade e Lazer: o patrimônio da era moderna como atrativo turístico e espaços de lazer e eventos - das 14h às 18h – Um passeio pelos projetos de restauração do Complexo Fepasa
Mediação: Elizeu Marcos Franco
Eixos temáticos
1 – Identidades, territorialidades e patrimônio histórico cultural: construindo modernidades
Os territórios são expressões muito particulares e concretas da produção social do espaço, que contempla na sua totalidade as áreas urbanas, as faixas periurbanas ou perirurais, áreas rurais e áreas de proteção em permanente interação. Toda cidade dispõe de um potencial de recursos desperdiçados, mal utilizados, latentes, mas que seria preciso valorizar e reverter em benefício das populações através de soluções pensadas no ordenamento do território.
Por isso o desenvolvimento da cidade precisa ser acompanhado de uma observação permanente de seu ordenamento, planejamento, de suas contradições, e do processo de inclusão e participação social que proporciona ou não. Esse eixo temático objetiva apresentar, discutir e difundir pesquisas e projetos interdisciplinares e interinstitucionais relativas às identidades territoriais, à cultura e ao planejamento do espaço urbano, bem como à importância do patrimônio cultural e natural, iberoamericano e sua associação com cidades criativas e inteligentes. Isso se deve porque os campos socioeconômico, físico-territorial, político-organizativo e simbólico-cultural propiciam experiências culturais produtoras de relações de pertencimento sem as quais não é possível desenvolver estratégias formativas e político-institucionais de preservação do patrimônio histórico cultural na sua multidimensionalidade.
2 – Educação patrimonial e os modernismos
Os projetos e práticas pedagógicas desenvolvidos no âmbito da educação formal e não formal nem sempre levam em consideração o contexto socioeconômico e cultural do educando, do seu grupo familiar e do grupo social em que está inserido
A educação, neste sentido, não é somente um investimento em si, no seu futuro profissional, mas uma importante oportunidade de inserção social, de exercício e reflexão de uma cidadania plena. O estudante é atravessado por experiências marcadas por questões de gênero, étnicas, econômicas e socioculturais que definem sua identidade, a qual se constrói e se reconstrói cotidianamente. O silenciamento ou ocultamento dessas referências identitárias e territorialidades diversas são formas de violência e têm consequências diretas para a formação ética, estética e política do cidadão.
Se é necessário preservar o patrimônio histórico cultural para conhecê-lo, sem conhecê-lo, como é possível interessar-se por sua preservação? Por isso se entende neste eixo que a educação patrimonial se insere não apenas num esclarecimento sobre a relevância material e simbólica do patrimônio cultural, mas também em uma permanente participação dos sujeitos e da coletividade no processo de ressignificação, interpretação e valoração das referências históricas e culturais presentes no cotidiano e nas dinâmicas sociais construídas pelos indivíduos e pelos grupos sociais.
Ciccillo Matarazzo, por ocasião da 1ª. Bienal de SP em 1950, afirmou que a “A arte moderna nos educou”. No entanto, a despeito de tantas edições da Bienal e as revoluções tecnoestéticas dos últimos cem anos, é possível perceber uma desculturalização da educação. Nesse eixo se destacam os estudos, pesquisas, projetos e reflexões sobre educação e patrimônio que privilegiam as experiências estéticas modernas e contemporâneas nas práticas educativas reveladoras de novos modos de ver, viver, interpretar, valorizar e proteger o patrimônio cultural representativo da coletividade.
3 – Turismo, Hospitalidade e Lazer: o patrimônio da era moderna como atrativo turístico e espaços de lazer e eventos
Entre as recomendações da Carta de Jundiaí de 2019 há a ênfase nas parcerias e redes potencializando a articulação entre os atores sociais, políticos e econômicos na elaboração de rotas e roteiros vinculados ao patrimônio histórico cultural e ambiental localizado nas áreas urbanas e rurais do interior paulista para que sejam capazes de fortalecer os municípios como importantes destinos turísticos culturais do Estado de São Paulo. Essa ênfase está articulada ao reconhecimento dos novos usos do patrimônio histórico cultural e ambiental vinculado às estratégias de desenvolvimento local e regional, através de políticas públicas e privadas de fomento ao turismo e entretenimento.
Em consonância com essas recomendações o presente eixo apresenta estudos e iniciativas que envolvem tanto os municípios do Aglomerado Urbano de Jundiaí, bem como de outros municípios na discussão sobre políticas públicas, programas, projetos e ações relacionados ao desenvolvimento de rotas e roteiros turísticos que contemplem o patrimônio histórico cultural e ambiental como atrativo de grande relevância local e regional.
Por ocasião dos cem anos da Semana de Arte Moderna é possível observar o aumento expressivo de estudos, reflexões e roteiros turísticos que enfoquem a vida e obra dos modernistas e do patrimônio moderno, visando ampliar o repertório de referências materiais, artísticas e culturais representativas do modernismo e de suas expressões na arquitetura, nas artes plásticas e em outras manifestações culturais.