Vivência indígena com Nikita Nhandeva

Atividade já realizada.

Data: 04 de março (sábado)

Horário: das 13h às 16h

Local: Pinacoteca Municipal Diógenes Duarte Paes

Faixa etária: livre

Atividade proposta pela artista Júlia Zulian, responsável pela exposição Brasília, substantivo feminino, na Pinacoteca

Sinopse: Vivência indígena com Nikita Nhandeva, autora do projeto “Respeita Nossa História”. Nikita é da etnia Guarani Nhandeva e responsável pela criação de um coletivo de mulheres indígenas em contexto urbano que atua na região de Campinas.

30 vagas – FAÇA SUA INSCRIÇÃO GRATUITA

Mais informações pelo telefone: (11) 4586-2326

Indígena do Povo Guarani Nhandeva do Mato Grosso do Sul, Nikita é educadora, militante e autora do projeto Respeita Nossa História. Pautado em ações de educação não formais para não indígenas moradores de centros urbanos, o projeto leva a história e a cultura indígena para diversos espaços de formação e educação.

Desde 2018 Nikita vem realizando ações educacionais ao lado de outras mulheres em escolas do ensino básico e fundamental, não somente na região de Campinas, mas também em todo o estado de São Paulo. O projeto já circulou por escolas públicas e privadas, bem como foi promovido em programas de TV e jornais locais.

Outros locais que já receberam as ações do projeto são universidades, institutos e empresas, dentre eles: o Instituto Bixiga de Pesquisa, Formação e Cultura Popular, a PUCCampinas – Pontifícia Universidade Católica, a Universidade Estadual de Campinas, a Universidade São Francisco e o Instituto Padre Aroldo.

Essas ações têm formatos múltiplos, podendo acontecer através de vivências, palestras ou rodas de transmissão de saberes. Contudo têm um único objetivo: conscientizar os moradores da cidade acerca da cultura e da história dos povos originários brasileiros, bem como da existência dos seus corpos e da resistência de seu modo de vida tradicional nos aglomerados urbanos.

Sobre a atividade: Aqui, propomos a realização de uma vivência que dialoga com a temática da exposição, tendo como objetivo conscientizar as pessoas da cidade de Jundiaí sobre a existência e consequente resistência dos povos indígenas, mais especificamente das mulheres indígenas, nos urbano-centros.

A vivência se inicia com um canto tradicional, seguido de um vídeo que introduz o projeto e uma fala de apresentação acerca de quem é a autora do projeto/educadora.

Nesse momento Nikita abre para o público tirar dúvidas e assim inicia-se um diálogo ao passo que são exibidos fotos e vídeos cuja curadoria foi feita previamente para a essa atividade específica. O conteúdo mostra o modo de vida nas aldeias, bem como a luta e a resistência ancestral nos urbano-centros.

Depois, adentramos no tópico dos grafismos e acessórios, trazendo como exemplos cocares e tinta de jenipapo. Ainda aqui serão introduzidas também informações acerca da dança tradicional, criando um espaço onde inclusive os participantes poderão experimentar alguns movimentos junto de Nikita, que irá conduzi-los.

Nas palavras de Nikita, autora do projeto, “uma vez que os livros didáticos descrevem a cultura indígena como exótica, ou a tratam como folclore, as pessoas são levadas a pensar que os indígenas fazem parte do passado; que deixaram de existir ou que vão deixar de existir em breve. Enquanto que na verdade o indígena pertence a todos os espaços civis. Somos contemporâneos, ao mesmo tempo em que sentimos orgulho da nossa descendência ancestral. Fazer com que os não indígenas compreendam isso melhor é um caminho para que cesse o desrespeito conosco e com nossos povos, operando uma mudança na mentalidade pejorativa que muitos têm de nós.”